Com objetivo de adequar a produção de polpa de fruta e atender as determinações da legislação sanitária, técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) elaboraram um Manual de Boas Práticas de Fabricação para o empreendimento familiar da produtora rural Vânia Furtado Fiorini, do município de São José do Rio Claro (315 km a Médio-Norte de Cuiabá). A produtora vende em média 1.200 polpas de frutas por mês, pelo preço de até R$ 3,50 a unidade (200 ml).
Numa área de 50 hectares, o Sítio Santa Terezinha está localizado no Assentamento Rural Santana d’Água Limpa e possui o cultivo de 100 mil pés de abacaxi e 50 pés de acerola, maracujá e uvaia. A produção começou com o cultivo do abacaxi, há dois anos. A produtora Vânia percebeu que as frutas não tinham o tamanho ideal para comercialização in natura, então começou a fazer polpa de fruta para o consumo próprio e logo percebeu que poderia ser um bom negócio na propriedade.
Para expandir a produção, adquiriu uma despolpadora e refrigeradores para fazer o estoque do produto. Toda produção é comercializada na região e a entrega é feita a domicílio. A intenção é expandir a produção e atender a merenda escolar do município. As polpas de abacaxi, acerola e uvaia são vendidas por R$ 2,50 a unidade, e as de maracujá por R$ 3,50 (unidade de 100 ml). Conforme Fiorini, a polpa de abacaxi é a mais vendida.
A nutricionista da Empaer, Daisy Cristina Boter Ferraz, responsável pela elaboração do Manual de Boas Práticas de Fabricação, fala que a finalidade do documento é fornecer alimentos seguros sob o aspecto microbiológico. Ela conta que no final de 2020, os técnicos da Empaer visitaram a propriedade e foi sugerida para a produtora Vânia, a regularização do produto para obter o registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) visando a expansão e comercialização das polpas de frutas.
Ela explica que o documento contempla todo o conjunto de etapas da produção de um alimento, de maneira descritiva, e reúne desde a estrutura física das instalações até os procedimentos de preparo, armazenamento, higienização, saúde de manipuladores e outros. E devem estar de acordo com a legislação sanitária geral e também a específica para a categoria de alimento.
Com o registro é possível a expansão da produção em todo território nacional. De acordo com Daisy, o registro vai permitir que a produtora forneça o produto para a alimentação escolar dentro dos critérios que o programa exige. “O registro das polpas de fruta junto ao Mapa só traz benefícios à produtora em qualquer alvo que pretenda comercializar. O próximo passo para cadastrar o estabelecimento rural no pedido de registro, era apresentar o manual de Boas Práticas de Fabricação”, declara.
Nossas notícias em primeira mão para você! Link do grupo MIDIA HOJE: WHATSAPP