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articulistas Segunda-feira, 28 de Setembro de 2020, 10:25 - A | A

Segunda-feira, 28 de Setembro de 2020, 10h:25 - A | A

OPINIÃO

Sai do meu Whats

*Luiz Fernando Fernandes

*Luiz Fernando Fernandes

Chegou a hora. A partir de agora mais do que nunca vamos receber ligações que não esperávamos, recados no whats que não saberemos como chegou ali, e por aí vai. Foi dada a largada para as eleições 2020.

No primeiro dia meu telefone foi bombardeado por pessoas que sequer sei quem são. No afã de conseguir um voto, os candidatos vão apelar para tudo e para todos, mesmo correndo o risco de serem bloqueados, o que irá acontecer sem sombra de dúvida.  

A pandemia ainda não acabou, portanto, reuniões e afins passam a ser um risco para todos. Candidatos e eleitores presos na mesma jaula que pode levar a morte.

Neste cenário as redes sociais acabam se tornando o ambiente seguro e mais do que ideal para se disseminar ideias e ideais, mas tudo deve ser feito com muita parcimônia. Se ao longo do ano você não criou suas listas de transmissão não é agora que vai conseguir fazer isso.

Lembre-se, um mero pedido de voto a um desconhecido com aquela postagem feita por uma equipe profissional não é garantia de nada.

Na semana passada o ministério público chegou sugerir que os famigerados “santinhos” fossem abolidos do pleito, mas é apenas uma sugestão e com certeza não será levada a cabo. Vamos ainda ter muito santinho para poluir ruas e avenidas sem nenhuma certeza se vão produzir algum voto.

Ou seja, para os candidatos não existe nenhuma garantia de que as ações adotadas por hora irão garantir o engajamento esperado. O que sei é que muitas ações vão acabar revertendo em aversão.

Uma coisa que me chama a atenção são os carros adesivados. O comportamento de um motorista imprudente me leva a pensar que o candidato é tão imprudente quanto. A avó de um amigo costumava dizer que, “quem com porco se mistura, farelo come”. O adágio popular pode servir de norte para quem ainda está indeciso, ou seja, decidir em quem não vamos votar está mais fácil que nunca.

Difícil é saber em quem votar neste universo candidatos a vereador. Ao todo são 728 postulantes a uma das 25 cadeiras na câmara municipal. São 463 homens (63,6%) e 265 mulheres (36,4). Se todas as candidaturas forem homologadas teremos este ano um crescimento de 53,2% no número de candidatos se compararmos com as eleições de 2016. O efeito se deve ao fato de que nesta eleição os partidos só podem fazer coligações na majoritária, ou seja, quando o assunto é vereador cada partido tem que se virar para garantir a eleição dos seus.

A corrida está começando, espero de fato que os candidatos encontrem o caminho que irá conduzi-los ao voto. Enquanto isso não acontece estaremos todos a mercê de estratégias erradas e de interferências inócuas e desnecessárias.

Se tudo continuar como está vamos chegar no dia 15 de novembro com uma enorme lista de em quem não votar e talvez ainda indecisos de quem vamos conduzir a uma cadeira no legislativo. A propósito eu já tenho minha candidata, se não for você por favor não perca seu tempo me mandando mensagens que não vou ler.  

Luiz Fernando Fernandes é Jornalista em Cuiabá. 

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