Um bancário fisgou no último dia 07/06 um pirarucu de mais de 150 kg no Rio Teles Pires em Carlinda, a 724 km de Cuiabá. Thiago Napolitano, o tio e o primo dele gravaram um vídeo no momento em que conseguiram pegar o peixe com uma carretilha pequena.
O bancário contou que conseguiu pescar o pirarucu pouco tempo depois de chegar no rio. Devido ao tamanho do peixe, eles demoraram cerca de 50 minutos para conseguir colocá-lo no barco.
"Demoramos para conseguir tirar ele da água. Foi gratificante e só quem pesca para saber a emoção de capturar um peixe daquele tamanho", disse.
Um vídeo gravado pelo primo de Thiago mostra o momento em que ele fisga o pirarucu. Logo depois, eles tentam colocar o peixe no barco.
De acordo com o bancário, o pirarucu não é um peixe nativo da região, e ele acha que o animal deve ter escapou de algum tanque da região.
Thiago explica que o pirarucu é predador e que, um animal desse tamanho, deve comer entre 25 e 30 peixes por dia.
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Thiago Napolitano já participou de vários eventos de pesca no estado — Foto: Arquivo pessoal/Thiago Napolitano
Depois de conseguirem colocar o peixe no barco, Thiago contou que a família foi para uma pousada de um amigo dele que fica próximo a região e levaram o pirarucu.
O bancário contou que já participou e foi premiado em vários festivais de pesca em Carlinda e Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá.
A espécie
O pirarucu é o maior peixe de escamas de água doce do mundo. Ele está distribuído na bacia Amazônia e Araguaia/Tocantins.
Vive em lagos e rios de águas claras com temperaturas que variam de 24° a 37°C, não sendo encontrado em zona de fortes correntezas e águas ricas em sedimentos.
Eles se reproduzem durante a seca e fica a cargo do macho proteger a prole por cerca de seis meses.
O pirarucu tem a cabeça achatada e ossificada, com um corpo alongado e escamoso. Pode crescer até três metros de comprimento e pesar cerca de 250 kg.
Ele possui dois aparelhos respiratórios: as brânquias, para a respiração aquática, e a bexiga natatória modificada, especializada para funcionar como pulmão na respiração aérea. Sobe para respirar em intervalos de 20 minutos, quando se torna mais vulnerável à pesca artesanal com arpão.
Durante o longo período de cuidados paternais, a necessidade fisiológica de emergir para respirar ocorre em intervalos menores. Os filhotes são gregários e, nas primeiras semanas, nadam em torno da cabeça do pai, que os mantém próximos à superfície. Isso facilita o exercício para a respiração aérea.
Apesar de ser uma espécie resistente, suas características ecológicas e biológicas o tornam bastante vulnerável à ação de pescadores.
Na bacia Araguaia/Tocantins, a pesca para consumo está suspensa, só o pesque e solte ainda é permitido. Na bacia Amazônica, tanto a pesca esportiva como a de subsistência são autorizadas, mas o tamanho mínimo de captura é de 1,5 metro.
O equipamento a ser utilizado na pesca do pirarucu é de 30 a 50 libras, preparado com empates e anzóis de nº 6/0 a 10/0. As iscas são naturais de peixes, como piaus, traíras, sardinhas, curimbatás e matrinxãs.
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