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variedades Quarta-feira, 26 de Agosto de 2020, 07:16 - A | A

Quarta-feira, 26 de Agosto de 2020, 07h:16 - A | A

FUTURO AGORA!

Jaca pode ser usada para carregar celular em um minuto

Pesquisadores transformaram restos da fruta em um supercapacitor sustentável que consegue fornecer energia rapidamente

Olhar Digital

 

As baterias estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano. Seja nos smartphones que utilizamos e até nos carros que dirigimos. No entanto, as mais utilizadas – de íon de lítio – se desgastam com o tempo, apresentando limitações. Em climas frios ou extremamente quentes, também há alterações em sua capacidade. Isso faz com que cientistas do mundo todo procurem maneiras de desenvolver baterias e sistemas de recarga alternativos para superar essas dificuldades.

Essencialmente, as baterias são compostas de três principais itens: um ânodo, que é um eletrodo negativo; um cátodo, um eletrodo positivo; e um eletrólito, que fica localizado entre eles. O que as baterias de íon-lítio fazem é permitir que partículas de lítio transportem eletricidade de uma extremidade à outra do corpo de uma bateria quando estão carregadas.

 
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Baterias de íon de lítio constumam se desgastar com o passar do tempo. Foto: Parilov/ Shutterstock

 

Para tentar resolver a questão do carregamento de baterias do tipo, um grupo de pesquisadores da Universidade de Sidney, liderado por Vincent Gomes, utiliza resíduos da fruta durião, considerada a mais fedorenta do mundo, e da jaca para fornecer energia para dispositivos. O objetivo é o de resolver a questão do fornecimento de energia ao mesmo tempo em que lidam com problemas do desperdício de alimentos.

Os resíduos são transformados em energia que, após o processo de transformação, são armazenados em um supercapacitor que consegue carregar vários dispositivos – incluindo celulares, tablets e notebooks – em alguns minutos.

A escolha dos supercapacitores para armazenamento da energia gerada não é por acaso. Os pesquisadores optaram pela tecnologia, pois ela age como reservatório capaz de carregar e descarregar energia rapidamente por meio de rajadas.

Eles costumam ser feitos de grafeno, um material bastante caro. No entanto, o que a equipe de Gomes fez foi substituir essa composição por partes não comestíveis das frutas. Com isso, os pedaços foram transformados em aerogéis de carbono – com características leves e porosas – que contam com boas propriedades para armazenamento da energia introduzida.

Processo de criação

O que os especialistas fizeram foi aquecer, liofilizar e assar os núcleos esponjosos de cada uma das frutas em um forno específico, que atinge temperaturas de até 1.500 ºC. Após o processo, as estruturas resultantes poderiam ser facilmente adaptadas em eletrodos de um supercapacitor com custo relativamente baixo. 

Para que sejam carregadas, as criações levam apenas 30 segundos, e podem fornecer energia para uma infinidade de equipamentos. "Ser capaz de carregar um telefone em um minuto é incrível", diz Labna Shabnam, um dos envolvidos na criação.

Agora, o objetivo dos pesquisadores é o de usar esses supercapacitores sustentáveis para armazenar energia proveniente de fontes renováveis. Isso abriria um precedente para que o fornecimento de carga para veículos e residências seja possível.

 

Via: BBC

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