As mudanças no mundo desencadeadas pela pandemia se refletiram nos mais diversos aspectos e na arquitetura não foi diferente. Muitas tendências de decoração e de morar bem para 2021 são inspiradas no isolamento social e no home office. Muita gente mudou sua rotina, passando mais tempo dentro de casa, desde o horário de trabalho até o descanso. Assim, os espaços foram transformados para que se tornassem mais aconchegantes e funcionais.
Uma tendência que se fortaleceu foi o de ambientes integrados, especialmente cozinha gourmet. Para a arquiteta Jennifer Figueiredo, a cozinha é o coração da casa e os espaços gourmets atendem os quesitos funcionalidade e de convivência. Ela orienta que ao construir é importante otimizar um lote, ou seja, potencializar o terreno, cada metro quadrado, dando valor e significado. “Quando se fala em cozinha gourmet, fala-se em ala de integração, um espaço nobre, não tem como pensar de forma isolada, pois falamos do outro, do servir, da comunhão da família”, comenta ela.
A grande vantagem de casas com ambientes integrados está na melhor circulação pelos espaços, alterando as barreiras visuais e promovendo a sensação de cômodos maiores. A arquiteta chama a atenção para a contemplação, para a vista a partir das janelas: “O que eu estou contemplando enquanto estou cozinhando, lavando louça? Estamos mais conectados com o bem-estar e cada cantinho pode ser ressignificado através da vegetação. Quando eu faço minhas divisões num terreno, no ato da criação, percebo o entorno e idealizo o que eu quero enxergar”.
Além disso, os ambientes integrados permitem uma melhor comunicação entre as pessoas, o que deixa toda a família mais próxima, tornando a casa mais prática e acolhedora. “Ambientes integrados e multiuso fazem com que os espaços pareçam maiores e mais amplos, além de melhorar a circulação entre os cômodos”, afirma Jennifer.
O uso de madeira também é uma forte tendência, seja nos móveis, no piso ou até mesmo no revestimento, bem como em imóveis residenciais e corporativos. A madeira resgata a sensação de acolhimento e harmoniza facilmente com vários estilos. Para a arquiteta Roberta Bertazzo, em seus projetos a madeira é elemento chave na decoração. “Na nova recepção da Ginco, que comemora este ano 20 anos de contínuo trabalho em urbanização em Cuiabá, criamos uma caixa com painel todo ripado que estimula os sentidos visual e tátil do cliente”, explicou ela. A ideia é proporcionar um espaço de aconchego, bem-estar e tranquilidade.
Para cada projeto, a arquiteta conceitua e utiliza lâminas nobres como Carvalho, Pau Ferro, Ébano de Macassar e Cumaru, cada uma com uma impressão de desenho diferente. “Busco harmonizar as lâminas na composição com o design personalizado para cada cliente”, destacou.
Os dias em isolamento social foram amenizados pela natureza. Quem conseguiu colocar os pés no chão e sentir a energia do solo, encontrou uma oportunidade de reconexão. E este contato próximo com área verde segue como uma das tendências de bem viver. A empresária Marlene Sylveira, moradora do Florais Cuiabá, conta que acordar e contemplar a natureza é uma maneira de encontrar equilíbrio diário. “Até mesmo os meus cachorros sentiram os efeitos do isolamento e os momentos de passeio pelas trilhas oportunizavam a eles, alegria e relaxamento”, disse ela, que aproveitou para reformar área de lazer, otimizando ainda mais o jardim com pergolado.
Quando o assunto é tecnologia, a automação residencial é uma das fortes tendências para este ano. Controlar a iluminação do ambiente, desligar eletrodomésticos, abrir e fechar cortinas por meio do celular já é realidade e auxilia na economia doméstica. “A automação ficou mais acessível ao longo de 15 anos, se antes exigia cerca de 40% do valor da obra, hoje esse percentual gira em torno de 5% do valor da obra, ou seja, é possível fazer uma automação em casa e com o tempo ela vai ajudar a controlar os gastos como os de energia”, esclarece o engenheiro Iuri Abdon.
Iuri orienta que a automação não exige que se faça tudo de uma vez: “De acordo com o orçamento, é viável fazer por partes”, destacou ele, acrescentando que banheiros, por exemplo, com a automação são dispensados os toques das pessoas nos interruptores, contribuindo para a saúde, auxiliando a evitar contágio de doenças, como do covid-19.
A arquiteta e urbanista Juliana Elias acrescenta que as tendências nas residências também se refletem em áreas comuns de condomínios horizontais, como o lançamento Florais Esmeralda, da Ginco Urbanismo, na região da avenida das Torres. “Trilhas para caminhadas, espaços especiais para pets, arborização com espécies frutíferas, energia solar são tendências aplicadas em condomínios que indicam a busca pela qualidade de vida da família e preocupação com sustentabilidade. A pandemia nos ensinou a valorizar ainda mais a nossa casa e o planeta”, finaliza ela.
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