O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, nesta terça-feira (6), a abertura de cinco processos administrativos disciplinares contra o juiz federal Raphael Casella de Almeida Carvalho, de Mato Grosso. No plenário, a decisão foi unânime entre os ministros. Segundo a denúncia, Raphael teria participação oculta em vários setores, como mineração, construção civil, atividade de cassino, advocacia e hotelaria, o que infringe o código de ética dos magistrados.
Ao g1, a assessoria da Justiça Federal informou que o magistrado não irá se manifestar sobre o caso.
As denúncias foram encaminhadas pelo Ministério Público Federal (MPF), no qual atribuem ao juiz os crimes de falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa, exploração de prestígio, improbidade administrativa, crimes contra o sistema financeiro nacional e a ordem tributária.
Segundo o relator do caso no plenário, ministro Luis Felipe Salomão, a Receita Federal concluiu que o magistrado Raphael tem um vasto patrimônio que não pode ser justificado com base nos rendimentos lícitos. Conforme Salomão, há vários indícios de que ele ainda apresentou diversas informações falsas em operações fiscais e que usava o serviço de hotelaria para lavar dinheiro de origem ilegal, entre outras fraudes.
A Receita também constatou outras situações, de acordo com o relator, como simulação de atividade rural enquanto pessoa física; negociação ilegal entre bens e falsidade ideológica na constituição de empresa.
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