A Ouvidoria da Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob) recebeu 271 reclamações sobre o transporte público, entre março e dezembro de 2020. As principais são superlotação, má conduta dos motoristas de ônibus e atraso no horário.
As denúncias foram feitas tanto por passageiros quanto pelos próprios motoristas.
Na pandemia da Covid-19, a superlotação torna o transporte público um perigo para o trabalhador.
A infectologista Márcia Hueb relata que os ônibus são ambientes propícios à propagação do coronavírus e que as medidas de biossegurança devem ser mais rigorosas.
"As pessoas que usam o transporte público estão mais expostas e sujeitas à infecção do coronavírus, por que a principal medida de prevenção é o distanciamento físico. No transporte as pessoas normalmente ficam aglomeradas", disse.
O levantamento mostra que no período entre agosto e dezembro houve aumento no número de denúncias.
Os passageiros também reclamaram das más condições dos ônibus e de precariedade nos pontos de parada.
A região sul, no Coxipó, concentra maior número de reclamações.
A infectologista indica o uso de duas máscaras no dia a dia, o que pode reduzir o risco de contaminação em até 96%.
"O passageiro pode usar duas máscaras, uma descartável e outra de tecido. A descartável por baixo. Se todos tiverem assim, as chances de contaminação cai a uns 96% e também não colocar a mãos no rosto", disse a infectologista.
Em janeiro de 2021, a Semob criou um departamento para monitorar pontos de ônibus, placas de sinalizações verticais e horizontais, semáforos e radares para evitar atos de vandalismo.
A prefeitura de Cuiabá diz já ter substituído ou instalado mais de 300 abrigos destinados a embarque e desembarque dos passageiros do sistema de transporte público.
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